quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

4 - A crise da Bossa Nova no Brasil - 15ª parte


15ª parte

No verão de 1992, acontece um momento mágico. Tom está tocando na praia do Arpoador, a sua praia de infância, para uma multidão maravilhada por aquelas canções, que eram, na verdade, a cara do Rio. Tom começou a cantar Samba do avião, acompanhado por milhares de pessoas na areia. Naquele exato momento, um aviãozinho da Ponte Áerea sobrevoou a praia, mais baixo que de costume e piscando luzes coloridas. A platéia foi ao delírio. Ninguém poderia ter produzido aquilo.

Em 1993 a Estação Primeira de Mangueira, homenageia o mestre Antônio Carlos Jobim no carnaval carioca. Naquela época, Tom estava sendo homenageado em todos os cantos do Brasil. O contato foi feito, Tom adorou a idéia, fez a música Piano na mangueira, junto com Chico Buarque, que acabaria sendo seu último sucesso. Momentos antes do desfile, Tom avisa que só entra na avenida com um comprimido de isordil debaixo da língua. O compositor até que tenta conter a emoção, mas todas as preocupações caem por terra quando ele sobe ao topo do carro alegórico. Do alto, o Tom da Mangueira, como canta a multidão de integrantes da verde e rosa, constata que não dá mesmo para segurar a emoção. Inclusive, Tom diz que foi a maior emoção de sua vida.

A letra da música do Tom da Mangueira:

Mangueira vai deixar saudade

Quando o Carnaval chegar ao fim

Quero me perder na fantasia

Que invade os poemas de Jobim

Amanheceu

O Rio canta de alegria

Aconteceu

A mais linda sinfonia

O sol já despontou na serra

Dourando o seu corpo sedutor

O mar beija a garota de Ipanema

A musa de um sonhador

É carnaval

É a doce ilusão

É promessa de vida no meu coração

Vem, vem amar a liberdade...

Vem cantar e sorrir

Ver um mundo melhor

Vem, meu coração está em festa...

Eu sou a Mangueira em Tom maior

Salve o samba de terreiro

Salve o Rio de Janeiro

Seus recantos naturais


No mesmo, Chico Buarque faz a belíssima música Paratodos, que é uma homenagem aos grandes nomes da música brasileira, especialmente Tom Jobim, a quem o chama com toda justiça de Maestro Soberano.

Também em 1993, sai o songbook do Vinícius de Moraes, as músicas do disco são: disco 1 - Chega de Saudade, Se todos fossem iguais a você, A felicidade, Estrada branca, Valsinha, Caminho de pedra, Carta ao Tom, Apelo, O velho e a flor/ Vejo você/ Mais um adeus, O nosso amor, Lamento, Soneto de Separação, Tempo Feliz, Teleco-teco e Samba da benção. Disco 2 - Onde anda você, Eu não existo sem você, Samba do pouso, Eu sei que vou te amar, Só danço Samba, Valsa sem nome, Samba em prelúdio, Chora Coração, Serenata do Adeus, Olha Maria, Arrastão, Canção do amanhecer, O morro não tem vez, Cartão de visita, Quando tu passas por mim e Formosa. Disco 3 - Tem dó, Sem você, Canto triste, Medo de amar, Janelas abertas, Derradeira Primavera, Modinha, Amor em paz, Insensatez, Garota de Ipanema, É preciso dizer adeus, Gente humilde, Valsa de Eirídicie, Água de beber, Por toda minha vida, O que tinha de ser, Eu te amo amor, Ela é Carioca e Bom dia tristeza. Os 3 volumes tem participação de músicos do naipe de: Tom Jobim, Ivan Lins, Leila Pinheiro, Joyce, Miúcha, Quarteto em CY, Toquinho, MPB-4, Emílio Santiago, Carlos Lyra, Os Cariocas, João Bosco, Baden Powell, Edu Lobo, Leny Andrade, Roberto Menescal, Wanda Sá, Chico Buarque, Tim Maia, Caetano Veloso, Gal Costa e outros.

Começa o ano de 1994. Vários acontecimentos mudariam a história do Brasil e do mundo. No Brasil, surge o Real, uma moeda que na época valia mais que o Dólar, que foi o grande passo para o Brasil se livrar da inflação. No mesmo ano, o Brasil é tetra campeão mundial de futebol nos EUA. Ainda em 94, Fernando Henrique, que criou o Real, é eleito presidente da república. Morre o grande piloto Ayrton Senna. Na música, morre um dos maiores letristas da Bossa Nova: Ronaldo Boscoli, parceiro de Roberto Menescal, Carlos Lyra e Wilson Simonal. No mesmo ano, Tom Jobim, ao lado de sua Nova Banda, acaba fazendo uma turnê mundial, passando por Nova York, sendo que lá ele volta a se apresentar no Carneggie Hall, Londres, Jerusalém, Portugal, Rússia e Japão.

No mesmo ano, a cantora Leila Pinheiro lança o belo Cd: ISSO É BOSSA NOVA, também só com músicas de Bossa Nova. As músicas do Cd são: Ouverture, um pout-porri sensacional de abertura que tem: Desafinado, O pato, Ela é carioca, Vivo Sonhando e Garota de Ipanema, depois tem A primeira vez, Discussão, Amor certinho, Sem mais adeus, Caminhos cruzados, Este seu olhar, Folha de papel, Samba da pergunta, Por quem morreu de amor, Chega de Saudade, Rapaz de Bem, Sabe Você e uma gravação antológica de Samba do Avião.



Ainda em 1994, João Gilberto volta a lançar um Cd. O belo disco EU SEI QUE VOU TE AMAR, gravado ao vivo em São Paulo. O disco tem as músicas: Eu sei que vou te amar, Desafinado, Você não sabe amar, Fotografia, Rosa Morena, Lá vem a baiana, Pra que discutir com madame, Isto aqui o que é?, Meditação, Da cor do pecado, Guacyra, Se é por falta de adeus, Chega de saudade, A valsa de quem não tem amor, Corcovado, Estate, O amor em paz e Aos pés da cruz.

Também em 94, sai o songbook do Carlos Lyra. As músicas do Cd são: Samba do Carioca, Quando Chegares, Maria Ninguém, Coisa Mais Linda, Primavera, Ciúme, Canção que morre no ar, Feio não é bonito, Saudade fez um Samba, O negócio é amar, Minha namorada, Entrudo, Influência do Jazz, Marcha da Quarta-feira de Cinzas, Lobo bobo, Sabe você, Você e eu, Se é tarde me perdoa, Maria Moita e Maria do Maranhão. O Cd tem participações do naipe de: Tom Jobim, Caetano Veloso, João Bosco, Gal Costa, Tim Maia, Gilberto Gil, Joyce, Leila Pinheiro, Leny Andrade, Os Cariocas, Quarteto em CY, Emílio Santiago, Lisa Ono e outros.

Ainda em 94, tem o disco ELIS REGINA NO FINO DA BOSSA AO VIVO, três discos, com os melhores momentos da pimentinha no programa Fino da Bossa, na década de 60. As músicas do disco são: Disco 1 - um pout-pourri com Terra de Ninguém e Influência do Jazz, Formosa, junto com Baden Powell, Cyro Monteiro e o Zimbo Trio, um outro pout-pourri, com as músicas: Lá vem a baiana, Saudade da Bahia e Das rosas, todas do Dorival Caymmi com a presença do próprio, depois têm Pra dizer adeus, do Edu Lobo, Discussão, com a presença de Pery Ribeiro, um outro pout-pourri, com as músicas: Insensatez, Corcovado, A felicidade, Esse seu olhar, Só em teus braços, Garota de Ipanema e Se todos fossem iguais a você, todas do Tom, com a presença de Jair Rodrigues, depois tem Garota de Ipanema, com o Baden Powell, Aleluia, com o Edu Lobo, Samba do avião, com o Luiz Loy Trio e o Lennie Dalle, depois tem Vem balançar, do Walter Santos, também com o Luiz Loy Trio e por último um pout-porri, com as músicas: Roda de samba, Despedida da Mangueira, O morro não tem vez, Zelão e O morro com a participação do Agostinho dos Santos, da Elza Soares e o Lúcio Alves. Disco 2 - Devagar com a louça, com Elza Soares e o Luiz Loy Trio, Mulata assanhada, com o Ataulfo Alves, Lunik 9, também com o Luiz Loy Trio, Eu vim da Bahia, com o Gilberto Gil, um pout-pourri com as músicas Consolação, Carcará, Aleluia e Zelão, com o Baden Powell, o Jair Rodrigues e o Zimbo Trio, Tristeza em mim, com o Baden Powell e Rosinha de Valença, Amor em paz, com o Zimbo Trio, Bocochê, também com o Baden, Estamos aí, também com Luiz Loy, um outro pout-pourri com as músicas: Reza, Esse mundo é meu, Aleluia, Zambi, Tem dó, Tempo feliz, Arrastão e Menino das Laranjas, também com o Luiz Loy, Agora ninguém chora mais, com o Jorge Ben e o Zimbo Trio e um outro pot-pourri com as músicas: Falsa baiana e Imagem, com o Wilson Simonal. Disco 3 - Mas que nada, também com Luiz Loy, Você, com o Pery Ribeiro, Telefone, com Os cariocas, Zé não é João, com o Baden Powell e o Cyro Monteiro, Somewhere, com O quarteto, Sambou, sambou, com o Zimbo Trio e o Hermeto Pascoal, depois tem um pout-pourri, com as músicas: Saudosa maloca, Luz da Light, Provas de carinho, As mariposas, Um samba no Bixiga, Bom dia tristeza e Trem das Onze, todas do Adoniram Barbosa, com a participação do próprio, depois tem Eu só queria saber, com a Claudette Soares, depois tem outro pout-pourri com as músicas: Minha namorada, Primavera, Cartão de visita, Feio não é bonito, Maria Moita, Maria ninguém, Maria do Maranhão, Aruanda e Samba do carioca, todas do Carlos Lyra, com participação do Jair Rodrigues e do Zimbo Trio, depois tem Esse mundo é meu, também com o Zimbo Trio e por último, mais um pout-pourri, com as músicas: Se acaso você chegasse e Terra de ninguém, com a Elza Soares, o Jair Rodrigues e o Zimbo Trio.

Também em 1994, tem a volta ao Brasil de uma das suas maiores cantoras e compositoras: a Joyce, depois de uma bem sucedida excursão pela Europa e Japão, que se apresentou também em Londres, onde a sua música Aldeia de Ogum, faz um grande sucesso nas pistas de dança. Graças ao grande Roberto Menescal, ela lançca um disco expetacular chamado REVENDO AMIGOS, onde ela canta vários sucessos dela em duetos com grandes nomes da música brasileira. As músicas desse disco são: a bela Outras mulheres, parceria com Paulo César Pinheiro, que ela canta sozinha, depois tem Cartas do exterior, onde ela canta com Emílio Santiago, depois tem Stone washed, parceria com a Monique Hecker, onde ela canta com Sandra de Sá, depois tem a também bela Da cor brasileira, parceria com a Ana Terra, onde ela canta ao lado da Fátima Guedes, depois tem Mistérios, parceria com Maurício Maestro, onde ela canta com a Gal Costa, depois tem o super clássico internacional: a expetacular Aldeia de Ogum, sucesso nas pistas de dança européias, onde ela divide com o pianista Gilson Peranzetta, depois tem a também belíssima e famosa Clareana, parceria também com o Mauricio Maestro, onde ela canta junto com o grupo mineiro Boca Livre, depois tem a também clássica Monsieur Binot, onde ela canta junto com Gilberto Gil, depois tem a maravilhosa Minha gata Rita Lee, onde ela canta ao lado da filha Clara Moreno, depois tem Duas ou três coisas, onde ela canta junto com Ney Matogrosso, depois tem mais um grande clássico Essa mulher, parceria com a Ana Terra, que ficou famosa na voz de Elis Regina, nesse disco ela canta junto com a Wanda Sá, depois tem a também bela Mulheres do Brasil, onde ela canta junto com a Beth Carvalho, depois tem a também sensacional Feminina, que também é um sucesso mundial, que ela canta sozinha e no final tem a belíssima Capitão, que ela fez em parceria com Fernando Brant, onde ela divide os vocais com ninguém menos que Chico Buarque, numa interpretação maravilhosa, encerrando o disco com chave de ouro.

Em Setembro de 94, Frank Sinatra convida Tom Jobim para cantar uma música do seu Cd Duets 2, que tinha o Frank Sinatra, cantando ao lado de grandes nomes da música mundial. Tom Jobim escolhe a música Fly me to the moon, que acabaria sendo uma gravação antológica, por entre outros motivos, por ter sido a última gravação do Tom, Tom chegou a falar que fez essa música em péssimas condições, pois já não estava bem, sentia uma forte dor no peito, mas a gravação foi muito elogiada e ao lado de I`ve got under my skin, que Sinatra gravou com Bono Vox sãs as melhores do disco.

Em Novembro de 94, Tom lança o que talvez seja seu melhor disco: o espetacular ANTONIO BRASILEIRO, que é o nome que Chico Buarque o dá na música Paratodos. O Cd realmente é esplêndido e tem várias participações especiais. As músicas desse disco são: Só danço Samba, música que, aliás, o Tom não gostava, Piano da Mangueira, How Insesitive, um encontro inusitado e sensacional com Sting, um cantor de Rock, que é a melhor gravação dessa música, a bela Querida, tema da novela O dono do mundo, a sensacional e emocionante Surfboard, Samba de Maria Luiza, uma música feita para a filha caçula de até então sete anos de idade, com participação da própria, Forever Green, música feita para a ECO-92, com a Maria Luiza cantando em inglês (!) com o pai, Maracangalha, de Dorival Caymmi, com a participação do próprio, a belíssima e então inédita Maricotinha, também do Caymmi e com participação dele, Pato Preto, um forró ecológico do Tom, Meu amigo Radamés, uma música instrumental em homenagem ao grande maestro Radamés Gnatalli, que morreu em 86, Blue Train, a versão em inglês que Tom fez da clássica Trem Azul de Lô Borges, Radamés y Pelé, homenagem a dois de seus heróis Radamés e Pelé, Chora Coração, uma bela e rara música da parceria com Vinícius de Moraes, tirada da Crônica da Casa Assassinada e a complicada de cantar Trem de ferro, música tirada de um poema de Manuel Bandeira. Parecia que o Tom sabia, que esse era seu último disco, pois se juntou a amigos como Dorival Caymmi e Sting, aumentou a participação da família com a presença do neto Daniel Jobim e da filha Maria Luisa, reviveu antigos clássicos e colocou músicas novas.


Ainda em novembro de 94, Tom Jobim vai se tratar em Nova York por causa de um tumor maligno, e não para fazer uma angioplastia. Esta só foi feita porque os médicos americanos descobriram o grau de obstrução coronariana de Tom e decidiram começar logo a desobstrução, para só depois operar a bexiga. Tom não mudara radicalmente seus hábitos por causa das doenças. Seguia comendo o seu franguinho "atropelado", como batizou o grelhado da dieta, e tomava vinho na churrascaria Plataforma. Tom tentou mudar do uísque para a cerveja e, depois para o vinho, mas não conseguiu deixar de tomar pelo menos uma dose de scotch por noite. Além isso, ia traçando seus charutos. No dia 07 de dezembro, ele submeteu a cirurgia para extirpar dois tumores na bexiga. Eles foram eliminados depois de uma operação de pouco mais de uma hora. Segundo a família de Tom, a cirurgia foi um sucesso. Mas algumas horas depois ele começou a passar mal, com dificuldades para respirar, e morreu ás 8 horas da manhã, do dia 8 de dezembro de 1994, no hospital Mont Sinai, um dos mais famosos do mundo, por causa de um coágulo sangüíneo parado no seu pulmão. As últimas palavras ele disse ao enfermeiro, que lhe arrumava a grade da cama e tentava amenizar a crise respiratória: “Quero ir para a praia! Para junto do mar... respirar a maresia... respirar...’’”.

Tom Jobim foi enterrado na tarde do dia 09 de dezembro, no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, envolto nas bandeiras do Brasil e do Fluminense, depois que um caminhão do Corpo de Bombeiros conduziu o caixão pelo roteiro que o morto cantou em vida como nenhum outro - O Rio e suas praias, suas matas e mulheres, a Ipanema da Avenida Vieira Souto, que passou a se chamar Avenida Tom Jobim. Tanto o presidente do país onde nasceu e amava Itamar Franco, quanto o do país que conquistou com sua música e ao qual diziam ter vendido sua alma, Bill Clinton, manifestaram sua tristeza.

O cineasta Arnaldo Jabor falou: “A morte do Tom Jobim, não foi à derrubada de uma árvore, mas a de uma floresta inteira.”

Tom morreu na época que sua música mais famosa Garota de Ipanema, era a segunda mais tocada no mundo, só perdendo para Yesterday, dos Beatles.

Na época na revista Veja, João Gilberto falou: "Estou aqui, falando ao telefone sem fio, de frente para a janela que mostra o Rio de Janeiro. Estou vendo o mar, a Lagoa Rodrigues de Freitas, os morros. O Rio do Tom. O Rio de Janeiro do meu amigo Antônio Carlos Jobim. Mas agora onde está Tom? É Drummond, de quem ele gostava tanto, quem pergunta: E se todos nós vivêssemos?".

Foi uma comoção mundial, pois morreu o Tom maior da música mundial, Tom Jobim pode ter morrido em Nova York, mas ele sempre voltou ao Rio de Janeiro que tanto amou, mesmo na sua morte. Esse Rio de amor que se perdeu.




3 comentários:

Clara disse...

Nossa, fiquei arrepiada em relembrar dois momentos. Primeiro, o desfile da Mangueira. Lembro bem do samba e do Tom mal-humorado ao final do desfile, brigando com a repórter da Globo. Hehehe! O outro momento que gostei de relembrar foi o depoimento do João na morte do Tom. Mais uma vez, parabéns, Bernardo, por resgatar essas histórias e colocar de forma tão acessível às pessoas que, muitas vezes, não têm acessos a livros. Belo trabalho. Beijos!

Romyna

Pablo Peixoto disse...

Um podcast sobre Bossa Nova, não deixe de ouvir!!

O Freakast desta semana está nota blue! E com ele um tema muito especial, um dos mais importantes patrimônios musicais de nosso país, a Bossa Nova. Pablo Peixoto, Ricardo Schott e Leonardo Bonfim lembram fatos, comentam canções e fazem uma retrospectiva dos 50 anos do movimento.

Ainda neste podcast: Nara Leão pega Geral, Roberto carlos é barrado no Baile, João Gilberto fura o sinal, O Rio de Janeiro bizarro das novelas de Manoel Carlos e Lobão recebe um telefonema muitro especial.".


http://freakast.com

Irinéa MRibeiro disse...

Maravilha suas informações!
sou fã direto
bj