Na madrugada de 18 de março de 1976, o pianista brasileiro Francisco Tenório Jr. saiu do hotel que estava hospedado,
O “desaparecimento” de Tenório ocorreu na véspera do golpe militar contra a presidente Isabelita Perón. Nos anos seguintes, sob a ditadura do general Jorge Videla, a Argentina viveria cerca de 30 mil casos como o dele. Só que os “desaperecimentos” começaram antes do golpe e o de Tenório foi dos primeiros. Tenório era inocente. Com sua aparência, ee poderia ser confundido como um perigoso “intelectual.” Só em
Em 1977, saiu o belo disco MIÚCHA & ANTONIO CARLOS JOBIM, um belo encontro da cantora Miúcha e do Tom Jobim. As músicas do disco são: Vai levando, de Caetano Veloso e Chico Buarque, com participação do Chico, Tiro Cruzado, de Márcio Borges e Nelson Ângelo, Comigo é assim, de José Meneses e Luiz Bittencourt, Na batucada da vida, de Ary Barroso, Sei lá, de Toquinho e Vinícius de Moraes, também com participação do Chico, Olhos nos olhos, de Chico Buarque, a lindíssima Pela luz dos olhos teus, de Vinícius de Moraes, o fenomenal Samba do Avião, do Tom, Saia do Caminho, de Evaldo Ruy e Custódio Mesquita, Maninha, do Chico e com participação do próprio Chico Buarque, Choro de nada, de Eduardo Souto Neto e Geraldo Carneiro e É preciso dizer adeus, do Tom e do Vinícius.
No mesmo ano há um encontro memorável envolvendo Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho e Miúcha, que rendem o histórico disco gravado ao vivo no Canecão: TOM, VINICIUS, TOQUINHO E MIÚCHA, realmente é um disco memorável que foi produzido pelo grande Aloisio de Oliveira, que disse: "Este show já nasceu feito. Estava somente esperando a hora de ser realizado. Quando a gente se encontra participando de uma realização dessa natureza, não se tem a mínima idéia do que ela representada. Tenho certeza de que mais tarde chegaremos à conclusão de que participamos de um dos maiores momentos de nossa música." Essas palavras foram proféticas. O disco começa com a música Estamos aí, que é o tema de abertura do show, depois entra o Vinícius declamando o seu belo e engraçado poema Dia da Criação, depois ele e Toquinho cantam a maravilhosa Tarde em Itapuã, depois Toquinho faz um belo solo no violão
Em 1979, Tom e a Miúcha lançam mais um disco junto: MIÚCHA & TOM JOBIM, as músicas do disco são: a engraçada Turma do funil, que é uma adaptação que o Tom e o Chico fizeram da clássica marchinha de carnaval do mesmo nome, a música tem participação do próprio Chico Buarque, Triste Alegria, da própria Miúcha, Aula de matemática, do Tom e do Marino Pinto, Sublime tortura, do Bororó, Madrugada, de Candinho e do Marino Pinto, Samba do Carioca, do Carlos Lyra e do Vinícius de Moraes, a bela Falando de amor, do Tom, Nó cego, de Cacaso e de Toquinho e a bela e surpreendente musica Dinheiro em penca, uma moda de viola do Cacaso e do Tom Jobim, com participação do Chico Buarque.
Também em 1979, Toquinho e Vinícius lançam o belo disco 10 ANOS DE TOQUINHO & VINICIUS, que comemora os 10 anos da brilhante parceria entre os dois. As músicas do disco são: um pout-pourri que mistura A benção Bahia, Tarde em Itapuã, Tatamirô, Meu pai Oxalá, Canto de Oxum, Maria vai com as outras e de novo A benção Bahia, depois há mais um pout-pourri, que mistura Um homem chamado Alfredo, Sei lá e O poeta aprendiz, depois há mais um pout-pourri, que mistura O velho e a flor, Veja você e Mais um adeus, depois eles cantam o belo Samba de Orly, a Tonga da Mironga do Kabuletê, depois há mais um pout-pourri, que mistura Como dizia o poeta, Testamento, Para viver um grande amor, Morena flor, Samba da volta e Regra três, depois há mais um pout-pourri, que mistura São demais um perigo dessa vida, As cores de abril e O filho que eu quero ter, depois há um último pout-pourri que mistura Chorando pra Pixinguinha, Choro chorado para Paulinho Nogueira e Carta ao Tom, o disco termina com Cotidiano n º 2.
No mesmo ano acontece um fato histórico: o governo militar aqui no Brasil concede anistia a todos os que foram exilados para fora do Brasil, com isso é o fim do AI-5. O hino da anistia é O bêbado e a equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc, interpretado de forma brilhante por Elis Regina.
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