segunda-feira, 26 de maio de 2008

7 - A Bossa Nova hoje - 5ª parte





5ª parte

Chegamos ao ano de 2003, enquanto o Brasil continua tendo vários ídolos instântaneos, o mundo, especialmente a Europa e o Japão continuam consumindo o que a música brasileira tem melhor para se apresentar. O mundo, incluindo o Brasil, vive uma crise que parece sem fim no mercado fonográfico, culpa principalmente por que o povo está se cansando de se ouvir porcaria, por isso aqui no Brasil acontecem vários relançamentos em cds de discos a muito tempo fora do catálogo, um exemplo disso são os discos da Odeon, agora EMI, que são relançados graças ao baterista do Titãs, Charles Gavin.

Enquanto isso se continua a lançar discos de Bossa Nova no mundo todo, sendo bossa eletrônica, ou não.

Um dos discos que saíram foi à belíssima coleção: BOSSA NOVA LOUNGE, com três cds com o melhor da Bossa Nova, com um toque de lounge music. No primeiro cd tem: Remember, Só tinha de ser com você, Summer samba, Vivo sonhando, Tristeza vai embora, Lost in paradise, Coisa Nº 1, Você, Garota de Ipanema, Mas que nada, Know it all, Muito a vontade, Ela é carioca e Look to the sky. No segundo cd tem: Solo, Oba-lá-lá, Minha saudade, Água de beber, Corcovado, Moça flor, Tristeza de nós dois, Você e eu, Surfboard, Só danço samba, Ansiedade, Jucabobão, Samba de uma nota só e Samba do Avião. E no terceiro cd tem: Jodel, Dreamer, Desafinado, Anoiteceu, Menina flor, Ilusão à toa, Tânia, Noite só, Faithful brother, Coração vagabundo, Bonita, Slow motion bossa nova, Amor em paz, Catavento, Triste e Eu e o crepúsculo.

Em 2003, tem mais um disco espetacular Joyce, chamado BOSSA DUETS, lançado primeiramente no Japão e depois para os outros países. Onde a Joyce comemora seus 35 anos de carreira ao lado de alguns grandes nomes da música brasileira. As músicas desse disco espetacular são: a clássica Você e eu, com citação de Águas de Março, cantada brilhantemente pela Joyce e o Toninho Horta, a belíssima Lugar comum, onde a Joyce canta com o sempre sensacional João Donato, Receita de Samba, da Joyce e do Paulo Cesar Pinheiro, onde ela canta com a filha Ana Martins, que faz sucesso como cantora no Japão, Plexus, cantada ao lado do Johnny Alf com citação de Rapaz de bem, Yarabela, cantada ao lado do Toninho Horta, Criança, também da Joyce, cantada ao lado da Wanda Sá, o manifesto da new bossa London samba, uma música instrumental dela, onde toca ao lado do Toninho Horta, a maravilhosa O sapo, também com João Donato, a deliciosa Fã da Bahia, música da Joyce cantada ao lado da Wanda Sá com citação de Na baixa do sapateiro e Samba da benção, a também maravilhosa Céu e mar, com Johnny Alf e a expetacular E vamos lá, da Joyce e do João Donato, junto com os dois está Ana Martins, filha da Joyce. Sem sombra de dúvidas esse é o melhor cd que a Joyce, que é a maior cantora do Brasil na atualidade, lançou nos últimos anos. Ela está cantando e compondo cada vez melhor.

Também em 2003, tem um encontro memorável entre Marcos Valle e o argentino Victor Biglione, este encontro dos dois dá o espetacular disco LIVE IN MONTREAL, gravado ao vivo no Canadá, onde tem os maiores sucessos do Marcos e mais quatro músicas sensacionais de outros artistas. As músicas desse cd são a maravilhosa instrumental Azimuth, Preciso aprender a ser só, num clima bem jazzístico, a inevitável Samba de Verão, que já foi cantada até por Homer Simpson, a explendorosa Terra de ninguém, Gente, Minha voz virá do sol da América, a sempre espetacular Manhã de Carnaval, Frevo, do Egberto Gismonti, a maravilhosa Viola enluarada, Ao amigo Tom, a espetacular Os grilos, a música francesa What are you doing to rest up my life, Fé cega faca amolada, de Milton Nascimento, a também espetacular Mustang cor de sangue e no final a também maravilhosa Batucada surgiu.

Nesse ano de 2003, também sai o maravilhoso disco COPA BOSSA, pela gravadora Albatroz, que nada mais é do que o pessoal do Bossacucanova, mas que fizeram um disco com esse nome porque o pessoal da Crammed queria que saísse um disco igual à BRASILIDADE, mas o pessoal do Bossacucanova queria um disco igual ao primeiro disco, com vários sucessos da Bossa Nova remixados sem nenhum instrumento, aí acabaram chegando um acordo e lançaram esse disco no Brasil, com esse nome e vão lançar outro com o nome de Bossacucanova na Europa. As músicas desse disco são: Só tinha de ser com você, com Os Cariocas, com versão bem diferente da que ganhou o mundo na voz da Fernanda Porto e remixada pelo DJ Patife, a inevitavel Samba de verão, com o Marcos Valle, Canto de Osanha, com Leo Gandelmann, numa versão instrumental muito boa, a clássica A felicidade, com Cris Dellano, transformada num samba-house maravilhoso, a inédita e maravilhosa Copa, com Roberto Menescal e Wanda Sá, uma versão de arrepiar de Lobo bobo, com Carlos Lyra, Minha namorada, em versão instrumental, com Roberto Menescal, uma versão Lounge Music de Fotografia, com Cris Dellano, Você, com Leny Andrade, uma versão instrumental de Samba da benção, com Luis Carlos Vinhas, a bela música Our love is here to stay, composta pelos irmãos Gershwin com Cecilia Dale e no final a maravilhosa Na orelha do pandeiro, com Andrea Ciminelli, com direito a programação eletrônica do DJ Marcelinho da Lua.

Ainda em 2003, na Europa sai o belíssimo disco SAMPA NOVA, que é assim que os ingleses estão chamando esse movimento que saiu de São Paulo e está tomando o mundo, especialmente com os artistas da Trama. O cd é uma bela coletânea que tem as músicas: Sereia, cantada pelo falecido Suba, Desafio, pelo sempre criativo Tom Zé, Bob, a maravilhosa bossa psicodélica cantada pelo Otto e a Bebel Gilberto, Easy boom, pelo Drumagick, Catimbó, pela Cibelle, Do mote do doutor Charles Zambohead, da Nação Zumbi, The secrets of floating islands, do Dj Xerxes, a já clássica Sambassim, da Fernanda Porto, São Paulo fim do dia, com Jair Oliveira, O futuro pertence a jovem vanguarda, com Max de Castro, Tempo, com Bojo, Seja o que for, com Anvil FX, Bob, remixada por Edu K e Chamegá, cantada pelo Tom Zé.

Ainda em 2003, sai a belíssima coletânea A MÚSICA DE MARCOS VALLE E PAULO SÉRGIO VALLE, com as melhores músicas dessa dupla dinâmica, interpretadas por alguns dos melhores músicos da músia brasileira. As músicas do disco são: Samba de verão, cantada por Caetano Veloso, na já clássica gravação que foi tema da novela Laços de Família, uma interpretação antológica, que não podia deixar de ser, de Black is beautiful, cantada por ninguém menos que Elis Regina, a sempre emocionante Viola enluarada, interpretada por Jair Rodrigues, Capitão de indústria, cantada brilhantemente pelo Paralamas do Sucesso (!), Gente, cantada por Os Cariocas, O Cafona, cantada pelo MPB-4, Ao amigo Tom, pela Claudette Soares, o samba jazz Sonho de Maria, pelo Tamba Trio, Preciso aprender a ser só, pelo saudoso Tim Maia, a espetacular gravação de Terra de ninguém, cantada pela Elis Regina e Jair Rodrigues direto do Fino da Bossa, 26 anos de vida normal, cantada por Erasmo Carlos (!) num clima bem “samba jovem”, uma raríssima gravação instrumental de Seu encanto, tocada por Tom Jobim, Passa por mim, cantada pela sumida Márcia e no final uma interpretação fenomenal de Mustang cor de sangue, pelo Wilson Simonal.

Também em 2003, pela gravadora Universal, sai o maravilhoso disco PURE BRAZIL – THE GIRLS FROM IPANEMA, uma coletânea dupla só de maravilhosas cantoras brasileiras. As músicas dos discos são:

CD 1Dreamer, com Astrud Gilberto, Só tinha de ser com você, com a Elis Regina, Rapaz de bem, com Nara Leão, Vagamente, com Wanda Sá, Desafinado, com Gal Costa, Você e eu, com a Silvia Telles, Meditação, também com a Nara Leão, Alô alô taí Carmen Miranda, também com a Elis Regina, A rã, também com a Gal Costa, Tristeza de nós dois, também com a Wanda Sá, Olhou para mim, Samba da pergunta, com a Márcia, Lugar comum, com a Miúcha e Once I loved, também com a Astrud Gilberto.

CD 2So nice, com a Bebel Gilberto, um medley de Que maravilha, Chove chuva e Mas que nada, com a Leila Pinheiro, Monsieur Binot, com a Joyce, Lá vem a baiana, com Jussara Freire, Capim, com Zizi Possi, Garota de Ipanema, com Marina Lima, Na cadência do samba, com Cássia Eller, Na hora da sede, com Zélia Duncan, Meu guarda chuva, com Paula Lima, Fotografia, com Marilia Gabriela, Me liga, com Patricia Marx, Quando você me olha, Luciana Mello, Coisas do Brasil, também com Leila Pinheiro e Tanto tempo, com a Bebel Gilberto.

O que de melhor aconteceu neste ano de 2003, sem sombra de dúvidas foi o surgimento de uma cantora espetacular, que fez com que muitas pessoas se emocionassem: a maravilhosa Maria Rita Mariano, ela é filha do grande César Camargo Mariano e da inesquecível Elis Regina, além de se parecer muito fisicamente com a mãe, ela canta igualzinho, foi uma prova sensacional que aqui no Brasil ainda pode ser comercial e ter um enorme talento. O primeiro disco dela saiu pela gravadora major Warner Music, com um marketing bem forte da Rede Globo, essa mistura de enorme talento com um grande marketing, fez com que o disco dela vendesse quase 800 mil cópias.

Outra coisa maravilhosa de 2003 foi o disco do rapper Marcelo D2, com uma mistura sensacional de Rap com Samba e Bosssa Nova. Este disco se chamou A PROCURA DA BATIDA PERFEITA, e teve participação de gente do naipe de Dom Salvador e do mestre João Donato, o disco todo é uma maravilha, as músicas desse cd são: Pra prosteridade, A procura da batida perfeita, Vai vendo, o afrosamba de A maldição do samba, Profissão MC, CB sangue bom, Batidas e levadas, Lodeando, com seu filho Sthefan, Pilotando o bonde da excursão, Re-batucada e a sensacional Qual é, que ganhou o VMB, da MTV como melhor clipe do ano.

Também em 2003, apareceu o maravilhoso grupo Kaleidoscópio, mais um que investe na mistura de mpb com eletrônica que está dominando o mundo. Eles fizeram o belíssimo disco TEM QUE VALER. O grupo é um duo formado por Ramilson Maia nas picapes e a voz espetacular de Janaina Lima. As músicas desse disco são: Você me apareceu, a maravilhosa Tem que valer, que logo virou sucessso nacional, a clássica Madalena, do Ivan Lins, Meu sonho, Chega mais perto, a também clássica Flor de lís, do Djavan, Chuva, a clássica e sempre espetacular Tarde em Itapuã, do Toquinho e do Vinícius, Feliz de novo, Tô que tô, Lua, Frevo mulher, Paro para pensar, Tudo passa, Aqui e uma versão lounge de Tem que valer. Pena que o grupo só durou nesse disco.

Também em 2003, lá na Europa sai o sensacional disco CHILL BRAZIL 2, pela gravadora Warner Music, aproveitando o sucesso estrondoso do primeiro disco, no qual as músicas foram escolhidas pelo Marcos Valle. Já neste segundo disco, também duplo, as músicas foram escolhidas pela legendária Joyce.

As músicas desse disco são:

Cd 1 - Demorô, uma belíssima música inédita da Joyce, She`s a Carioca, com Tom Jobim, Triste, com João Gilberto, Ana Maria, com Milton Nascimento, Encontro das águas, com Jorge Vercilo, Tudo por acaso, com Tânia Maia, Mas não dá, com Sônia Rosa, Up up and away, com Osmar Milito, O lugar do nosso amor, com Gilberto Gil, Sidarta, com Johnny Alf, Tamborim, cuíca, ganzá, berimbau, com Azimuth, Balanço zona sul, com Conjunto Som 4, Os grilos, com Marcos Valle, Mas que nada, com Zé Maria, Arrastão, com Zezinho, Bebete vão bora, com Pedroti, Sem complicação, com Ramatis, Algo sobre nós, com Tutti Moreno e Drum`n"bossa, com Insul.

Cd 2 - So Nice, com Bebel Gilberto, Samba De Uma Nota Só, com Tom Jobim, ´S Wonderful, com João Gilberto, Febril, com Gilberto Gil, Tem Que Valer (Eletro Bossa), com Kaleidoscópio, Minha Namorada, com Conjunto Som 4, Quem Te Viu, Quem Te Vê, com Sonia Rosa, Summer, com Os Camponêses, Céu Lilás, com Ramati, Raios Da Manhã, com Jorge Vercilo, Quem Vai Dizer Tchau?, com Tania Maya, Não Vá Ainda, com Zélia Duncan, Beleza E Canção, com Milton Nascimento, Maracatu Atômico, com Osmar Milito, Samba Do Avião, com Zé Maria,
Batucada, com Marcos Valle, Suite Norte, Sul, Leste, Oeste, com Hermeto Pascoal, Outro Lado, com Zuco 103 e Macumbalada, com Samba do Morro.

Também em 2003, pela Farout Recordings sai a coletânea BRAZILIAN LOVE AFFAIR 4, com o 4º volume dessa série maravilhosa. As músicas do cd são: E o meu amor vi passar, com a Patricia Marx e João Parahyba, Papa, com Azimuth e Sabrina Malheiros, Na batida do agogô, com Grupo Batuque, Falso amor, com Jair Oliveira, Todos os santos, com a Joyce, A sereia, com Democustico, Beleza não vai embora, com Orlan Divo, Fibra, com Paulo Moura, Escape, com Marcos Valle, Nature Plans, com Ed Motta e remix do 4 Hero, Rede de espera, com Azimuth, Os óculos escuros de Cartola, com Max de Castro, Preguiciman, com Mamond e Vera cruz, com Vox Populli.

Ainda em 2003, sai o explendoroso disco duplo JOBIM SINFÔNICO, pela gravadora Biscoito Fino, com as músicas de Tom Jobim, interpretadas pela Orquestra Sinfônica de São Paulo. Este projeto foi idealizado pelo Mario Adnet e pelo Paulo Jobim, filho do Tom. Todos os arranjos originais foram mantidos, na medida do possível.

No primeiro cd tem as músicas: O planalto deserto, O homem, A chegada dos candangos, O trabalho e a construção, estas quatros músicas fazem parte da Sinfonia da Alvorada, a inédita Prelúdio, a maravilhosa Overture do Orfeu da Conceição, a quase inédita Macumba, Modinha, a clássica Se todos fossem iguais a você, cantada pelo Milton Nascimento, a também clássica A felicidade, a também inédita Lenda, que Tom fez para seu pai e Imagina.

No segundo cd tem as músicas: Saudade do Brasil, Matita Perê, também cantada pelo Milton Nascimento, Canta canta mais, Trem para Cordisburgo, Chora coração, Milagre e palhaços, O jardim abandonado, essas quatro últimas da Crônica da casa assassinada, a raríssima Bangzália, cujos arranjos originas feitos pelo Dori Caymmi foram perdidos não se sabe se foi pelo Tempo ou pelo Vento, Meu amigo Radamés, Gabriela e a inevitável Garota de Ipanema, com arranjos mais do que espetaculares de Eumir Deodato.

No mesmo ano sai pela gravadora Som Livre o expetacular disco VINÍCIUS 90 ANOS, pra comemorar os 90 anos do nascimento do poetinha Vinícius de Moraes. O disco é uma coletânea dupla que foi produzido por ninguém menos que Gilda Mattoso, última mulher de Vinícius. O disco vem acompanhado de um livro com as letras das músicas, vários depoimentos e várias fotos sobre o Vinícius. As músicas desse histórico cd são:

CD 1 – Onde anda você, com Vinícius cantando e Toquinho no violão, tem o poema O haver, com o próprio Vinícius declamando acompanhado por Edu Lobo no violão, depois tem a sempre emocionante Marcha da quarta-feira de cinzas, cantada pelo Toquinho e pelo Vinícius, depois tem um Depoimento de Chico Buarque sobre Vinícius de Moraes, depois tem a eterna Tarde em Itapuã, cantada pelo Toquinho e Vinícius, depois tem o poema A um passarinho, declamado pela Luciana de Moraes, filha do Vinícius, depois tem Garota de Ipanema, com Tom e Vinícius do álbum ao vivo que eles fizeram no Canecão em 77, depois tem o Depoimento de Calazans Neto, também relembrando Vinícius, depois tem o afrosamba Samba da Benção, com o próprio Vinícius de Moraes cantando e se declarando “o branco mais preto do Brasil”, depois tem o Depoimento de Tom Jobim, relembrando sua parceria e amizade com Vinícius, depois tem Cotidiano n.º 2, com Toquinho e Vinícius, depois tem o Depoimento de Carlos Drummond de Andrade, também se lembrando o Vinícius e no final tem a rara Gilda, do Vinícius e do Toquinho, que acabou sendo a última gravação que Vinícius fez, sendo uma homenagem a Gilda Mattoso.

CD2 – Tem o clássico Pela luz dos olhos teus, cantada pelo Tom e pela Miúcha, depois tem O que tinha de ser, cantada pela Maria Bethânia, depois tem a também clássica Insensatez, cantada pela Alaíde Costa, depois tem a também clássica A felicidade, cantada pelo Agostinho dos Santos, depois tem Água de beber, cantada pela Mayza, depois tem Samba em prelúdio, cantada pelo Geraldo Vandré e pela Ana Lúcia, depois tem a bela Como dizia o poeta com Toquinho, Vinícius e Maria Medalha, depois tem uma raridade, Vinícius cantando uma música em inglês com Toquinho no violão: Nature Boy, de Éden e Ahbez, que Vinícius falou que viu nascer em Los Angeles, depois têm Dora, música de Dorival Caymmi, cantada pelo Toquinho e pelo Vinícius, depois tem Janúaria, do Chico Buarque, também cantada pelo Toquinho e Vinícius, depois tem Toquinho e Vinícius cantando a maravilhosa Tristeza, uma clássica Marchinha de carnaval feita pelo Haroldo Lobo e o Miltinho e no final tem um encontro maravilhoso de Toquinho, Vinícius e o sambista Cyro Monteiro cantando o samba Você errou, do mestre Cyro Monteiro.

Também no mesmo ano saiu outro disco pra homenagear os 90 anos do nascimento do grande Vinícius de Moraes: o belo MIÚCHA CANTA VINÍCIUS & VINÍCIUS MÚSICA E LETRA, pela gravadora Biscoito Fino. Festa, sinônimo de bebida, belisquetes, boa conversa e boa música, era com Vinicius de Moraes. O endereço da farra foi sempre o próprio poeta, que, onde baixava, tratava de descontrair o ambiente apenas para deixá-lo mais à sua feição. A cantora Miúcha acompanhou o fenômeno de perto. Cresceu ouvindo e vendo Vinicius, a cada visita, alegrando a casa dos pais dela, Maria Amélia e Sérgio Buarque de Hollanda. Com o amigo do pai aprendeu a tocar violão – agradecida, deu ao seu instrumento o nome de Vinicius. Definitivamente fisgada pela música, Miúcha viria a fazer, em 1977, com Vinicius, Toquinho e Tom Jobim, um show histórico que botou gente pelo ladrão no Canecão antes de ganhar a Europa. Essas e outras boas lembranças e lições do Poetinha, além de 14 músicas dele, duas inéditas, estão concentradas neste CD maravilhoso. As músicas do disco são: Tomara abre o disco com Miúcha e a filha Bebel Gilberto dividindo os vocais. Em torno das duas, os sopros suaves, o violão de João Lyra, a bateria de Carlos Bala à moda do tempo de Beco das Garrafas, sem nenhum ranço de nostalgia.. Mais grave, a segunda faixa do disco, Ai Quem me Dera, de que Miúcha dá conta sozinha, ganhou arranjos de violino. O tom, romântico e sem a afobação dos dias de hoje, continua com Saudades do Brasil em Portugal. Mais tranqüila, mas não menos emocionante, foi a gravação de Medo de Amar, que Miúcha divide com o irmão Chico Buarque. A emoção, afinal se está tratando aqui do poeta do amor, é mais contida em Serenata do Adeus, que Miúcha divide apenas com Leandro Braga ao piano. Brilhou aqui o esquema olhos nos olhos, com a cantora acompanhada por um instrumentista e arranjador que sabe o que faz, sem, por isso, esquecer do sentimento. A receita funcionou também em Valsa de Eurídice, que Miúcha gravou mais uma vez olhos nos olhos, acompanhada pelo violão surpreendentemente contido e reverente, do prodígio gaúcho Yamandú Costa, o disco também tem Teleco Teco, que o poeta compôs pensando no balanço de Ciro Monteiro, traz Miúcha se divertindo ao lado de Zeca Pagodinho, herdeiro legítimo da linhagem de Ciro e Jorge Veiga. A grande surpresa é Georgiana, canção inédita que Vinicius fez para o nascimento da filha. Os versos divertidos, em inglês, ganharam acento country com a gaita de Milton Guedes e os violões de João Lyra, também tem Tempo Será, a canção seguinte o Brasil andou ouvindo por meses a fio, na hora da novela Mulheres Apaixonadas, mas, mérito de Vinicius, é o tipo da música à prova do tempo e das repetições. A deliciosa e conhecidíssima Pela Luz dos Olhos Teus é repartida por Miúcha e Daniel Jobim, neto do maestro Tom, com quem ela gravou a canção em seu primeiro disco, de 1977. Miúcha e Daniel registraram a canção nos mesmos estúdio e piano e com o mesmo técnico de gravação, o veterano Mario Jorge, que deram à luz a versão dela e de Tom Jobim. Você vai ouvir, ainda, a paixão rasgada de Encontro à Tarde, o encontro de Miúcha e Toquinho, o mais terno dos parceiros do poeta, em Canção de Nós Dois e a finíssima Cem por Cento, o bota-fora fica por conta do frevo Quem For Mulher que me Siga, a outra inédita do disco, que a cantora Cyva, do Quarteto em Cy, encontrou gravada em fita cassete pelo próprio Vinicius.

Também em 2003, sai a maravilhosa coletânea JOYCE – ESSENTIAL BRAZIL, com alguns clássicos da extraordinária cantora e compositora Joyce até o início da década de 90. As músicas desse disco são: a maravilhosa Clareana, a espetacular Feminina, a neo-hippie Monsieur Binout, Nada será como antes, de Milton Nascimento, Eternamente grávida, Muito prazer, Deixa, a maravilhosa O chinês e a bicicleta, Moreno, Banana, Mistérios, a eterna Wave, de Tom Jobim, Duas ou três coisas, com Ney Matogrosso, Tiro cruzado, Apesar de tudo e Capitão, dividindo os vocais com ninguém menos que Chico Buarque.

No final de 2003, pela Trama sai o maravilhoso cd TRAMA D&B SESSIONS, dos djs Patife e Mad Zoo. Eles deram um "upgrade" em algumas grandes músicas da Trama e o álbum ficou muito bom, apesar de parecer daqueles discos para se fazer caixa, mas se há por aí muitos discos bem piores que fazem sucesso e vendem bem, porque não fazer esse disco, só com ótimas músicas? As músicas desse disco são: Esfera, com a Rosy Aragão, Tudo de bom, sucesso da Fernanda Porto, que ficou ainda melhor que a original, Flor do futuro, com Claúdio Zoli, Todas as letras (sou teu nego), com Jair Oliveira, Mais um lamento, com Wilson Simoninha, a já bem combalida Noite do prazer, com Cláudio Zoli, Sem pensar, com Patricia Marx, a também já combalida Sambassim, com a Fernanda Porto, Vem ficar comigo, do Silvera, a maravilhosa música Amor errado, também com a Fernanda Porto e Demais pra esquecer, com a Patricia Marx.

No final de 2003, também sai o belíssimo disco TRANQUILO, o primeiro disco solo do Dj Marcelinho da Lua, do Bossacucanova. Convidado por Rafael Ramos, ele entrou no estúdio da Deckdisc e tirou tudo das mãos, ombros e cabeça. Só pra ver no que dava. Deu em TRANQUILO, seu primeiro disco solo. Um disco de DJ, que é bom para ouvir em casa também. Um disco de produtor, que faz bonito nas pistas de dança também. E assim nasceu TRANQUILO, um disco sem muito bla bla blá, como diz o título da música que abre os trabalhos, Sem bla bla blá tirado de um sampler de (empostar a voz, por favor) Alberto Roberto, o inesquecível personagem criado por Chico Anysio. A guitarra é cortesia de Pedro Sá. Outros personagens reais também bateram ponto no estúdio da Deckdisc. Seu Jorge botou a voz na versão drum and bass de Cotidiano, de Chico Buarque, que teve também participação do maestro Luiz Cláudio Ramos no violão, que acabou sendo a faixa do disco que fez mais sucesso, aqui no Brasil e na Europa. Bi Ribeiro (ele mesmo, do Paralamas) e Gustavo Black Alien (ex-Planet Hemp) fizeram a festa em Tranquilo, um cruzamento natural entre reggae e jungle/drum and bass. Mart´nália tocou pandeiro e cantou a clássica Refazenda, de Gilberto Gil. Roberto Menescal escreveu, arranjou e deu cores especiais a Pro Marcelinho tocar. Lembranças da viagem à Dinamarca geraram a música Cristiania´71, com a voz de Helen Calaça. A rappeira cubana Telmary Diaz, em turnê pelo Brasil com o grupo Rapeiros de Cuba, foi capturada e levada ao estúdio, onde gravou Que cosa fuera, com arquitetura musical assinada por Mauro Berman (ex-baixista do grupo carioca Coma). Gabriel Muzak emprestou a voz para a boemia reggae de Jornada (cuja letra faz uma sutil referência à trajetória dos integrantes do Dubom). João Donato deu o toque, e que toque, de latinidade a Lá fora. Que é uma mistura maravilhosa de dub e reggae. Sem dúvida nenhuma é melhor faixa do disco. Já o toque ecológico ficou por conta de letra de Da Lua. Repare só. Palafita sunrise virou uma espécie de samba dub, com metais sampleados e a lembrança do seminal grupo inglês The Specials surgindo no meio da fumaça. Saudade teve vocais de Gabriela Geluda e tablas do percussionista Siri. E, por fim, há o doce no final do arco íris: o balanço suave de Não pode fazer barulho, com discurso em favor do silêncio, em francês, feito pela musa de longa data, Nina Schipper. Aos poucos, o pitch vai sendo desacelerado e, num simbólico apagar das luzes, após tirar suas idéias legais, malucas, engraçadas e impossíveis das mãos, ombros e cabeça, Da Lua simplesmente sussurra: “Valeu brou, até mais.” Com esse disco Marcelinho da Lua, conseguiu o que muita gente não acreditava, conseguiu fazer com que o Roberto Menescal composse uma house e fez o João Donato tocar um Dub, uma deliciosa loucura.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

7 - A Bossa Nova hoje - 4ª parte








4ª parte

Estamos no ano de 2002, o ano que a Bossa Nova comemora os 40 anos do histórico show no Carnegie Hall, em Nova York. A boa música brasileira continua fazendo enorme sucesso especialmente na Europa e Japão. Aqui no Brasil o chamado funk carioca que andava em baixa, voltou, graças ao Mc Serginho e a Lacraia, uma das coisas mais ridículas que apareceu no Brasil em todos os tempos. Também aqui no Brasil surgem outros fenômenos passageiros como Kelly Key e o Rouge, mas no meio disso tudo apareceram bons nomes como de Jorge Vercilio e o maior fenômeno da música brasileira daquele ano: Os Tribalistas, grupo formado pela Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Bown, que acaba virando uma mania nacional. No quesito de Bossa Nova, foi outro ano de vários discos sensacionais feitos no mundo todo.

Um deles é a belíssima coletânea dupla A ONDA QUE SE ERGUEU NO MAR, organizada pelo fenomenal escritor Ruy Castro, que escreveu um livro de mesmo nome.

As músicas do disco são:

Disco 1 - Wave, com Os Cariocas, Two Kites, com Mario Adnet, Jangal, com Dom um Romão, Eu gosto mais do Rio, com Nara Leão, Domingo azul, com Billy Blanco, Esse seu olhar/Só em teus braços, com a Sílvia Telles e Lúcio Alves, Tem dó, com Rio 65 Trio, Tristeza de nós dois, com Emílio Santiago, E nada mais, com Os gatos, Ela é carioca, com Quarteto Jobim Morelembaun, Danielle, com o Tamba Trio, Astronauta, com Cyro Monteiro, Surfboard, com Roberto Menescal e Canção que morre no ar, com a Sílvia Telles.

Disco 2 - Os grilos, com o Marcos Valle, Captain bacardi, com Tom Jobim, Você, com Dick Farney e a Norma Bengel, Pois é, com a Nara Leão, Lindúria, com o Ed Motta, Que besteira, com João Donato, Tema para quatro, com Os cariocas, Tim Dom Dom, com Jorge Ben, Aquarela do Brasil, com a Ithamara Koorax e o Eumir Deodato, Coisa nº 8, com Moacir Santos, Ledusha com diamantes, com Ronaldo Bastos e Celso Fonseca, Maria ninguém, com Brigitte Bardot(!), Samba de verão, com o Marcos Valle e a Patrícia Marx e Bananeira, com a Bebel Gilberto.

Na contracapa do cd Ruy Castro diz:

A Bossa Nova dá, de novo, à praia

Vou te contar: a onda que se ergueu no mar foi a Bossa Nova. Das areias de Ipanema e das águas de Cabo Frio, a música que, por volta de 1958, um punhado de rapazes e moças estava fazendo por amor, chegou às pequenas boates de Copacabana. E ali, ao Brasil, a Nova York e ao mundo. Até 1967, essa música foi adotada por uma infinade de artistas – de Brigitte Bardot a Frank Sinatra – influenciou o jazz e a música internacional e definiu o gosto e o caráter de uma geração. Era inevitável que, um dia, intérpretes e autores como João Gilberto, Vinícius de Moraes, Carlos Lyra, Robetrto Menescal, Sylvia Telles, Nara Leão, Os Cariocas, o Tamba Trio, Baden Powell, Marcos Valle e João Donato tivessem de sair mais cedo da praia e tomar um avião. O planeta os solicitava. Mas vários fatores, inclusive extramusicais, fizeram com que, nos anos 70 e 80, o processo fosse interrompido e a Bossa Nova, quase silenciada. Não foram as décadas mais melodiosas do século, foram? Durante esse longo hiato, no entanto, um homem nunca acreditou que a Bossa Nova tivesse chegado ao fim do caminho: Antônio Carlos Jobim. Seu legado e o de seus colegas era rico demais para que a música abrisse mão dele. Tom continuou trabalhando e evoliundo – usando a Bossa Nova original como plataforma rítmica para a exploração de novos universos melódicos e harmônicos. Por causa dele, pode-se dizer que a Bossa Nova, de fato, nunca morreu. Hoje já não contamos com Tom, mas o processo foi retomado. Discos há muito esquecidos voltam a circular; os jovens descobrem, encantados, inúmeras canções que fazem juz à sua inteligência; velhos artistas gravam novos discos: e novos artistas surgem por toda parte, refundindo a Bossa Nova em padrões contemporâneos: Bebel Gilberto, Celso Fonseca, Mario Adnet, Ithamara Koorax, o Quarteto Jobim-Morekenbaum e, mais jovem do que nunca, João Donato. Todos eles, de ontem e de hoje, estão representados neste CD duplo – até mesmo Brigitte! Como as ondas, a Bossa Nova dá, de novo, à praia.

Com esse livro Ruy Castro fez uma continução do espetacular Chega de saudade, de 1990. É uma prova que a Bossa continua cada vez mais nova. Nesse livro ele conta as andanças de Tom Jobim pelo mundo, defendendo a ecologia e finalmente sendo reconhecido no Brasil, a nem sempre amistosa relação da musica brasileira com a americana, o verão de Brigitte Bardot no Brasil regado de Bossa Nova, a trágica história de Orlando Silva, as diferenças e as semelhanças de Dick Farney e Lúcio Alves, incrível desaparecimento de Tenório Jr, o fim e o retorno do Samba Jazz, as incríveis histórias de Johnny Alf e João Donato, os últimos momentos de Nara Leão e no final um perfil do João Gilberto em 1990 e em 2001. Realmente um livro imperdível.

Também em 2002, só que no Rio de Janeiro, sai o belíssimo disco CASA, de Jacques e a Paula Morelenbaun e o japonês Sakamoto, este disco foi feito na casa de Tom Jobim e é mais uma homenagem maravilhosa ao maestro, o cd tem participação de Paulo Jobim e Ed Motta. As músicas desse disco são: As praias desertas, O amor em paz, Vivo sonhando, Inútil paisagem, Sabiá, a raríssima Chanson pour Michelle, Bonita, Fotografia, Imagina, Estrada branca, O grande amor, Canção em modo menor, Tema para Ana, Derradeira Primavera, Esperança perdida, Sem você, Samba do avião e Improvisation, do Sakamoto e do Jacques Morenbaun.

Pela Europa, continua a sair discos de música brasileira. O primeiro deles é a coletânea BRAZILIAN LOVE AFFAIR VOL. 3, com vários artistas. As músicas do disco são: Retratista, com Otto, Água, com Nina Miranda e Cris Dellano, Icaraí, com Os Ipanemas e Jorge Helder, Pra você lembrar, com Max de Castro, Disritmia, com Jairzinho Oliveira, Las luces del norte, com Los Ladrones, Laranjeiras, com Azimuth, Calados, com Luciana Mello, Samba de Sílvia, com Joyce e Elza Soares, Olha aí, com Jairzinho Oliveira, A nova estrela, com Gogo, Aquele gol, com Wilson Simoninha, Taruma, com Grupo Batuque, Escravos de Jó, com Célia Vaz e Da Lata e Dig It, com João Parahyba.

O segundo deles é PARTIDO NOVO, o novo disco do Azimuth. As músicas desse cd são: Em Marica, Partido novo, Tempo clássico, Rede de espera, Nome dele é Joan, Meu amigo, Duro de roer, Livre como um pássaro, Saudade do doutor, Questão de ética e Algodão doce.

O terceiro deles é a coletânea OFF THE SELF, com vários artistas. As músicas desse cd são: Khameleon, com Difusion, Colours, com Big Band, Brazil, com Democustico, Ponteio, com Da Lata, Elevator, com Flytronix, Smile, com 4 Hero, Strike hard, com Trouble man, Eyile, com Salidor, Faca de conta, com Azimuth, Banzo theme, com Banzo, Second future, com Difusion e Carambola, com Azimuth.

Também na Europa, só que pela Crammed, sai o sensacional disco JUVENTUDE/SLOW MOTION BOSSA NOVA, de Celso Fonseca e Ronaldo Bastos, que se juntaram para fazer um belíssimo disco no melhor estilo "bossa lounge". As músicas do disco são: a belíssima Samba é tudo, a maravilhosa Satélite bar, O que restou do nosso amor, versão em português do clássico Que Reste-t-il de nos Amours, que já foi gravada pelo João Gilberto, a explendorosa Slow motion Bossa Nova, Valeu, a bela Ledusha com diamantes, A voz do coração, Dylan em Madrid, Feito pra você, Miles ahead of time, O sorriso de Angkor, Meu carnaval, a belísissima La piu bella del mundo, com citação de A voz do morro clássico do Zé Kéti, e no final Juventude. Um disco sensacional, que fez com que Slow motion Bossa Nova virasse um clássico e criou polêmica com Max de Castro e com o pessoal da Trama por causa de um trecho da música Samba é tudo, onde fala que samba raro é um samba sem valor.

Nesse mesmo ano, também pela Crammed sai a belíssima coletânea THE NOW SOUND OF BRAZIL, com o melhor da música brasileira atual, na visão deles. As músicas desse belo cd são: Tantos desejos, do falecido Suba, remixada pela Nicola Conte, a belíssima Influência do Jazz, com o Bossacucanova remixando o canto de Carlos Lyra, depois tem Tanto Tempo, da mundialmente famosa Bebel Gilberto, remixada pelo Peter Kruder, depois tem Outro lado, da banda holandesa Zuco 103, remixada pelo Charles Webster, depois tem Segredo, também cantada pelo Suba, depois tem a extraordinária Guanabara, com Bossacucanova e Roberto Menescal, depois Dia de Yemanjá, com a maravilhosa cantora Cibelle, depois tem Bom sinal, com o grande Celso Fonseca, depois tem a já clássica Sem contenção, da sensacional Bebel Gilberto, depois tem Cosa nostra, com Erlon Chaves, remixada pelo Raw Deal, depois tem Treasure, também com Zuco 103 e no final tem Os orixás, com o maravilhoso Trio Mocotó.

Mas o maior fenômeno da Bossa Nova, que foi lançado em 2002, foi o disco CHILL:BRAZIL, lançado pela gravadora Warner Music, com as músicas do disco produzidas e escolhidas pelo Marcos Valle. Esse disco acabou se tornando o maior sucesso de discos vendidos pela essa nova Bossa Nova, ultrapassando a marca de 700 mil discos em todo o mundo. O cd é um disco duplo onde tem várias versões de música brasileira com um toque de lounge music. As músicas desse disco são:

Cd 1- Guanabara, música inédita do Marcos Valle, Mas que nada, com Milton Nascimento, Vôo sobre o horizonte, com Azimuth, A paz, com Gilberto Gil, Wave, com João Gilberto, Água de Beber, com Tom Jobim, Samba da benção, com Bebel Gilberto, Pode parar, com Jorge Vercilio, Menino do Rio, com Baby Consuelo, Ando meio desligado, com Ney Matogrosso, Mistério da raça, com Luis Melodia, All star, com Nando Reis, Menina bonita, com Pedro Luis e a parede, Pescador de ilusões, com O Rappa, À vontade, com Ed Motta, Maria fumaça, com Banda Black Rio e Sambassim, com Fernanda Porto.

Cd 2 - Garota de Ipanema, com Tom Jobim, Tim tim por tim tim, com João Gilberto, Tarde em Itapuã, com Os cariocas, Tanto tempo, com Bebel Gilberto, Eu vim da Bahia, com Gilberto Gil, Alô alô marciano, com Elis Regina, Linha do horizonte, com Azimuth, Only a dream in Rio, com Milton Nascimento, Abri a porta, com A cor do som, Alice, com Kid Abelha, Momentos que marcam, com Sandra de Sá, Um jantar para dois, com Ed Motta, Bumbo da Mangueira, com Jorge Ben Jor, My funk samba, Santo Antônio, as duas com Banda Black Rio, Por você, com Barão vermelho e Só tinha de ser com você, com Fernanda Porto, Dj Patife e Dj Marky.

Também em 2002, sai o sensacional disco MANAGARROBA, do mestre João Donato. O cd tem várias participações especialíssimas. As músicas do cd são: Não tem nome, que mistura vários sucessos de João Donato, com um toque eletrônico, Flor do mato, a sensacional Balança, um samba-rap com toque latino, do João Donato numa parceria do rapper Marcelo D2, com vocais do próprio que é sem dúvida, a melhor faixa do disco, a também latina E muito mais, a também belíssima E vamos lá, parceria com a Joyce, com participação da própria, Caminho do sol, Falta de ar, Nunca mais, com a participação dos Tribalistas: Marisa Monte e Arnaldo Antunes, a maravilhosa Muito à vontade, a também sensacional Não sei como foi, com participação do João Bosco, Luz de bolero e o surpreendente rock psicodélico de Managarroba, com a participação de Davi Moraes nas guitarras elétricas. Sem dúvida esse é o melhor disco do João Donato desde LUGAR COMUM, de 1975.

Em 2002, também saem alguns discos maravilhosos pela Trama. Um deles é SAMBALAND CLUB, o segundo disco de Wilson Simoninha. As músicas desse cd são: Seja bem vindo, com a participação do Seu Jorge, Mais um vira lata, Rei de maio, a sensacional Mais um lamento, Essência, Saudade machuca, com Jair Oliveira, um show de samba-jazz no medley Ela é carioca/Samba do carioca, com a participação do Jongo Trio, Barbarella 2001, Tudo bonito, Quem sou, com o coral gospel Just Sing Soir, depois tem a Vinheta, do pai de Simoninha, Wilson Simonal, dedicando a música ao seu filho, seguindo da espetacular Tributo a Martin Luther King, também com o coral Just Sing Choir, sendo esse sem dúvida o momento mais emocionante do disco, depois tem uma versão instrumental de Seja bem vindo e no final, uma Entrevista com Miele, sendo uma faixa bônus.

Também em 2002, sai pela Trama o sensacional disco ORCHESTRA KLAXON, o segundo disco de Max de Castro. As músicas do disco são: O futuro pertence a jovem vanguarda, o espetacular funk de A história da morena nua que abalou a estrutura e o esplendor do Carnaval, que é a melhor faixa do disco, em parceria surpreendente com Erasmo Carlos, depois tem a bela A vida como ela quer, com participação de Daniel Jobim, depois tem o samba-jazz moderno de Mais uma vez um amor, depois tem o samba-rock de O nego do cabelo bom, com participação da Paula Lima e do inventor do samba-jazz J.T. Meirelles, Marcha Roxa, a sensacional Os óculos escuros de Cartola, cantando ao lado da Patrícia Marx, Petit comitê na casa da tia Ciata, a bossa moderna de Sonho de Verão, parceria com Nelson Motta, Acapulco daqui a pouco, Linha do tempo e a também sensacional Calaram a voz do nosso amor.

Também em 2002, sai finalmente o primeiro disco da Fernanda Porto, que tem o nome de FERNANDA PORTO, que só podia ser lançado pela Trama. Todas as faixas são da Fernanda, menos uma. As músicas do disco são: a bela De costas para o mundo, a sensacional Eletricidade, o maracatu com drum'n'bass Baque virado, a também bela música Amor errado, a espetacular Tudo de bom, a também sensacional música Vilarejo íntimo, a versão inaugural da também espetacular Sambassim, Outro lugar do mundo, uma homenagem à cidade de São Paulo, Tanta besteira, a clássica Só tinha de ser com você, Jeito novo, Tempo para tudo, que foi tirada da Bíblia e 1999, escrita em latim (!). Sem dúvida esse é um dos melhores discos que surgiram no mundo nos últimos anos e a Fernanda Porto mostrou que veio para ficar e já está fazendo um grande sucesso, inclusive no Brasil com sua drum'n'bossa.

sábado, 3 de maio de 2008

7 - A Bossa Nova hoje - 3ª parte



3ª parte

O ano de 2001 foi marcado pela volta na mídia do samba-rock, que estava esquecido pela imprensa, mas resistia aos bailes de gafieira. Aparecem nomes como Paula Lima, Funk como le gusta, Seu Jorge e voltaram a tona nomes como Trio Mocotó e Bebeto. No mesmo ano acabou surgindo uma das piores coisas que apareceram na música brasileira em todos os tempos que foi o chamado funk carioca, que na verdade é uma dança que estimula o sexo com letras de duplo sentido aliado a batida eletrônica, completamente diferente do funk criado por James Brown, acabou virando uma febre entre os brasileiros, especialmente com o Bonde do Tigrão, que logo sumiu.

Também no ano de 2001, sai a belíssima coletânea THE MASTER COLLECTION – SÉRGIO MENDES, pela gravadora Universal em parceria com a rede Globo. Nesse estraordinário cd tem algum dos maiores sucessos do sensacional Sérgio Mendes, o rei da música do elevador e um dos maiores nomes da Bossa Nova em todos os tempos. As músicas desse cd são: a música que fez Sergio Mendes ser conhecido no mundo todo: o super clássico Mas que nada, do Jorge Ben Jor, depois tem a também clássica Night and Day, de Cole Porter, depois a também famosa The look of love, depois tem a bela Goin out of my head, depois tem Mascarade, depois tem a maravilhosa So many stars, do próprio Sérgio Mendes, depois tem What the world needs now is love, num clima bem hippie, falando em hippie tem o clássico With a little help from my friends, dos The Beatles, do disco YELLOW SUBMARINE, depois tem a bela e surpreendente Norwegian Wood, também dos Beatles, com vários toques latinos, depois tem Scarborough fair/Canticle, depois tem o clássico Day tripper, também dos Beatles, depois tem a maravilhosa Pretty World, versão em inglês do clássico Sá Marina, que ficou eternizada na voz de Wilson Simonal, depois tem Watch what happens, depois tem a também bela Look around e no final uma versão instrumental de Desafinado, ainda da fase que o Sérgio Mendes estava no Brasil e lançou o espetacular disco VOCÊ AINDA NÃO OUVIU NADA. Com isso finalmente o Brasil relembrou do inventor da Bossa Pop, o grande mestre Sergio Mendes, que ainda faz um enorme sucesso nos Eua e agora é idolatrado no Japão e na Europa.

Também o ano de 2001 foi marcado por vários lançamentos de Bossa Nova. Como por exemplo: BOSSA ENTRE AMIGOS, num disco ao vivo, reunindo Roberto Menescal, Wanda Sá e Marcos Valle, com a participação da cantora Patrícia Alvi. O disco na verdade tem vários clássicos com a maioria deles num arranjo meio fraquinho, mas o talento dos quatro se superou. O disco começa com a Wanda Sá e o Roberto Menescal, cantando alguns sucessos do Menescal, que são: Ah se eu pudesse, Telefone, Vagamente, um medley com O barquinho/Você, depois tem os dois começando a cantar Samba de verão, do Marcos Valle e ele continua a cantar, depois o Marcos Valle e a Patrícia Alvi cantam mais algumas músicas dele que são: a desconhecida Seu encanto, um medley com Ao amigo Tom e Preciso aprender a ser só e por último a sempre emocionante Viola enluarada, depois o disco continua com sucessos de outros compositores da Bossa Nova. O Marcos e a Patrícia cantam Você e eu, do Carlos Lyra e do Vinícius de Moraes, Este seu olhar, do Tom Jobim e A rã, do João Donato, a qual o Marcos conta uma história, que uma vez estava na casa do Lula Freire e o Tom vira para ele e diz: daqui a poquinho vai chegar meu professor, e o Marcos pensou: não é possível, esse cara tem professor? E aí quando ele chegou era o Donato e o Tom falou: esse é o João Donato, esse é meu professor, foi com ele que eu aprendi as coisas. Para se ter uma idéia de como João Donato foi importante. A Wanda Sá e o Menescal cantam: Rapaz de bem, do Johnny Alf, E nada mais, de Durval Ferreira e Lula Freire e Tem dó, do Baden e do Vinícius. No final os quatro cantam três músicas novas: Nova Bossa Nova, do Marcos Valle, Benção Bossa Nova, do Carlos Lyra e Roberto Menescal e a inédita Bossa entre amigos, do Marcos Valle e do Roberto Menescal. Essas três ultimas musicas acabam sendo as melhores do cd.

Também em 2001, sai o disco JOBINIANDO, de Ivan Lins homenageando Tom Jobim, com produção de Roberto Menescal. As músicas do disco são: um medley com Vivo sonhando e Triste, Acaso, do próprio Ivan, Inútil paisagem, Soberana rosa, também do Ivan, Samba do Avião, Bonita, Rio de Maio, também do Ivan, um medley com Este seu olharPromessas, cantando junto com a Cris Dellano, a bela Times after time, que ficou famosa na voz de Frank Sinatra, Caminhos cruzados, Eu sei que vou te amar, Dindi, a inédita Jobiniando, do Ivan com o Martinho da Vila e no final uma faixa bonûs com She walks this earth, a versão em inglês de Soberana rosa, numa faixa techno, remixada pelo Bossacucanova.

Também em 2001, sai finalmente ao Brasil em cd, o primeiro disco da Wanda Sá: VAGAMENTE, de 1964. O disco tem participação de dois monstros sagrados da Bossa Nova: Roberto Menescal e Eumir Deodato. As músicas do disco são: a desconhecida Adriana, do Roberto Menescal, E vem o sol, do Marcos Valle, Encontro, da própria Wanda Sá e do Nelson Motta, Só me fez bem, do Vinícius e do Edu Lobo, Mar azul, do Francis Hime, Também quem mandou, Tristeza de nós dois, Vivo sonhando, Sem mais adeus, Inúltil Paisagem, Tristeza de amar, do Geraldo Vandré, Vagamente e três faixas bonûs em inglês que são: Summer Samba, Quiet nigths of quiet stars e To say goodbye. Alías esse disco já tinha saído em cd no Japão há quase 10 anos e é um dos mais vendidos naquele país que adora tanto a Bossa Nova.

Ainda em 2001, pela Trama sai o disco COOL STEPS: DRUM`N`BASS GROVES, do Dj Patife, que mistura música brasileira, incluindo a Bossa Nova, com a batida eletrônica do Drum`n`Bass, famoso mundialmente com o também brasileiro Dj Marky. O cd na verdade é um verdadeiro celeiro de feras da música brasileira e inglesa, com vários artistas. As músicas do disco são: Touch of freedom, A go go, Revisited, a clássica Só tinha de ser com você, do Tom Jobim e do Aloisio de Oliveira, cantada brilhantemente pela então desconhecida cantora Fernanda Porto e remixada pelos mais famosos djs do Brasil: Dj Patife e o Dj Marky, depois tem Future`s call, The way I fell, Just a groove, Pure funk, a sensacional Grooves, ritmos, sons e vinhetas, do Jairzinho Oliveira, com a presença do próprio, a bela Esfera, Wishing Well, a bossa de Jam session, do Patife e do João Parahyba, do Trio Mocotó, Supergrass, 81 is the number e no final uma faixa bônus com a espetacular Sambassim, da Fernanda Porto, um samba rock com batidas eletrônicas, que foi a grande responsável pelo estouro do Patife pelas pistas européias, cantada pela própria Fernanda.

Ainda em 2001, chega ao Brasil, o maravilhoso disco do Bossacunova, que se chama BRASILIDADE. O cd tem a presença do Roberto Menescal, pai do Márcio, ele saiu em 2000 pela Crammed e no Brasil foi lançado pela Trama. No primeiro cd tinha apenas gravações de clássicos da Bossa Nova com batidas eletrônicas, sem ninguém tocar, já no segundo tem o Márcio Menescal tocando baixo, o Alexandre Moreira nos teclados, o Marcelinho Da Lua no scratch e o Roberto Menescal numa surpreendente guitarra elétrica, alías é ele e sua guitarra que é a melhor coisa do cd. As músicas do disco são: uma versão bem Soul Bossa Nova de Telefone, continuando no Soul Music tem Nanã, depois tem uma versão bem moderna e contagiante de Rio, com a voz de Cris Dellano, depois tem a inédita e mais surpreendente do disco Guanabara, num samba house de primeira, com o Menescal dando show na guitarra, depois tem uma versão bem hip hop de Água de beber, depois uma versão bem funk de Garota de Ipanema, cantada brilhantemente pelo Ed Motta, com todo seu suingue, depois tem uma versão bem blues da rara Morte de um deus de sal, com mais um show de Menescal na guitarra, a também inédita Brasilidade, começando num sample de Vinícius de Moraes falando de uma carta ao Tom e depois misturando música eletrônica, com tamborim, ganzá e triângulo, depois tem uma versão bem animada de Surfboard, uma versão esplendorosa de Nós e o mar, depois tem a continuação dela, a inédita Mais perto do mar, as duas com a Cris Dellano, com direito a sampler das ondas do mar nas duas músicas, realmente é emocionante, e no final uma versão bem hip hop de Bye bye Brasil, do Menescal com o Chico Buarque. O disco sem dúvida, é o melhor disco de Bossa Nova que saiu nos últimos anos e um dos melhores em todos os tempos, com um jeito meio samba soul jazz eletrônico.

Ainda em 2001, sai pela Farout Recordings, três grandes álbuns: o primeiro é BRAZILIAN LOVE AFFAIR VOL. 2, as músicas do disco são: Intro, Os escravos de Jó, com Friends from Rio 2, Ponteio, com Da Lata, Quem com quem, com Azimuth e Marcos Valle, Nas águas do Rio, com Célia Vaz, Times before, com Azimuth, Soberana, com Wilson das Neves, Quarup, com a Joyce, Mama Samba, com o Grupo Batuque, Freio aerodinâmico, com Marcos Valle, Amazon adventure, com o Azimuth, Canto de Libertação, com a Aricia Mess, Constelação, com Tutti Moreno e Dindi, com Victor Assis Brasil.

O segundo deles é o sensacional GAFIEIRA MODERNA, da Joyce. As músicas do disco são: o afrosamba Forças d`alma, que a Joyce dedica às forças da alma africanas no Brasil no século XX: Clementina de Jesus, Pixinguinha, Baden Powell e Moacir Santos, Na casa do Villa, uma homenagem clara ao mestre Heitor Villa-Lobos, relembrando quando Tom Jobim foi visitar o ídolo, ficou imprensionado como ele continua compor com tanto barulho em sua casa ao que o Villa respondeu: “meu filho, o ouvido de fora não tem nada ver como o ouvido de dentro”, Pega leve, onde ela fala da mistura da Bossa Nova com a música eletrônica, que ela chama de “gafieira moderna”, The band on the Wall, que é o nome de um clube de jazz na cidade inglesa de Manchester, a música saiu lá mesmo durante uma passagem de som, a feminista Samba da Sílvia, onde canta com a maravilhosa cantora Elza Soares, Bota de sete léguas, um samba-funk de primeira, a bela Risco, Diz que eu também fui por aí, que é dedicada ao mestre do samba Zé Kéti, a magnifica Azul Bahia, mais um dos brilhantes temas instrumentais que a Joyce fez ao longo da carreira e a maravilhosa Quatros elementos, com letra de Paulo Cesar Pinheiro. Todas as músicas desse ótimo cd são da Joyce e inéditas.

E o terceiro disco é o também sensacional ESCAPE, do Marcos Valle, as músicas do disco são: o sambinha maravilhoso de Escape, a sensacional Maria Mariana, a bossa manifesto de O indío e o Brasil, o contagiante samba-jazz Poweride, a bossa de Apaixonada por você, o R&B com letra em inglês Reality, a espetacular Online, que fala de amores pela internet, que tem a cara da Joyce, a sensacional Lost in Tokio Subway, Festeira, um samba com baião, bem ao estilo de Baden Powell e o funk de Fundo falso, todas as músicas do disco também são inéditas. O cd tem participação da cantora Patrícia Alvi e do grupo Azimuth.

Também em 2001, sai o sensacional disco OURO NEGRO, uma homenagem, mais que merecida, ao maestro Moacir Santos. O disco foi produzido por Mario Adnet e Zé Nogueira. O cd é um disco duplo e recria com maestria várias pérolas do maestro com a presença de grandes nomes da música brasileira. As músicas dos discos são: Disco 1 - a sempre contagiante Nanã, com o próprio Moacir Santos, Suck-cha, Coisa n.º 6, a bela Navegação, com o Milton Nascimento, Amphilious. Mãe Iracema, Coisa n.º1, Sou eu, com o Djavan, Bluishmen, Kathy, Kamba, Coisa n.º 9, Orfeu, com o Ed Motta e Amalgamation. Disco 2 - Evocative, Coisa n.º 2, Lamento astral, a belíssima Maracatu nação do amor, com o Gilberto Gil, Coisa n.º 4, Coisa n.º 10, Jequié, Oduduá, com o João Bosco, Coisa n.º 3, Amon, Quermesse, a expetacular De repente estou feliz, com o João Donato e a Joyce, Maracatucutê e Bodas de prata dourada, com a Muiza Adnet.

Ainda em 2001, sai o disco É LALÁ LAY-Ê, do João Donato, todas as músicas são inéditas e em parceria com seu irmão Lysias Ênio. João Donato canta em todas as faixas, as músicas do disco são: a bela Então que tal, Alguma coisa assim, Se você souber, Do jeito que sei, Vento no canavial, É lalá lay-ê, a sensacional Bateu pra trás, Sem legenda, Minha garotinha, Pelo avesso e Minha garotinha.

Também em 2001 sai o disco E QUERO QUE A CANÇÃO SEJA VOCÊ, da Leny Andrade numa belíssima homenagem ao grande compositor Ronaldo Boscoli. Nesse cd estão alguns de seus maiores sucessos, especialmente com o Roberto Menescal e o Carlos Lyra. As músicas do disco são: a inevitavél O barquinho, A volta, Rio, Vagamente, Se é tarde me perdoa, Saudade fez um samba, Fim de noite, Copacabana de sempre, Canção que morre no ar, Você e Telefone.

Ainda em 2001, sai nos EUA o belo disco LAKE OF PERSEVERANCE, do fenomenal Dom um Romão. O cd tem participação de Danilo Caymmi, Ithamara Koorax e Eumir Deodato. As músicas do disco são: Lake of perseverance, Blue bossa, Apache groove, House carnival, Sambão, Bit box, Tentação, Groovystation, Naima, Mas que nada, Eric`s stuff, Afro blue e The fisherman`s dream.

Também em 2001, sai nos EUA mais um disco de Ithamara Koorax, o espetacular SERENADE IN BLUE, o cd tem participação da banda Azimuth, de Cristina Braga e Dom um Romão. As músicas do disco são: Cristal, Um homme et une femme, Mas que nada, Serenade in blue, Moon river, Samba de verão, The shadow of your smile, Bonita, uma bela versão de Aquarela do Brasil, sendo que no fim a melodia deságua em Garota de Ipanema, Arranjuez, Dio come ti amo e Iluminada. Todos os arranjos do disco foram feitos por ninguém menos que Eumir Deodato.